Psicologia aplicada: a psicologia do desenvolvimento

 

            Psicologia Aplicada: é um conceito que ainda não possui um significado muito preciso, que pretende cobrir todos os esforços psicológicos contrapostos à psicologia não aplicada, isto é, á psicologia geral ou teórica. Uma vez que os seus limites continuam imprecisos, é melhor tornar a psicologia aplicada como um conceito amplo referente ao contacto da psicologia com qualquer actividade profissional. Por outro lado a psicologia do desenvolvimento centra – se em todas as questões relacionadas com o desenvolvimento da pessoa humana, incluindo a educação, as condições de vida e o crescimento

            Todas estas áreas são simultaneamente domínios complexos de investigação empírica, de explorações teóricas e domínios básicos da psicologia.

            No entanto, a psicologia do desenvolvimento está intrinsecamente relacionada com a psicologia da educação e escolar, mas também coma psicologia social. Centra-se em todas as questões relacionadas com o desenvolvimento da pessoa humana, incluindo a educação, as condições de vida e o crescimento.

            O objecto da Psicologia do Desenvolvimento centra-se nas mudanças da estrutura física, neurológica, glandular, no comportamento, das estruturas psicológicas e dos traços de personalidade, mantendo sempre uma sequência regular.

            Apesar de não existir uma classificação pré-definida dos métodos a utilizar, foram designados possíveis métodos para a Psicologia do Desenvolvimento: método de diagnóstico (visam a informação) em contraste com o método de intervenção (visam a mudança), método nomotéticos (visam a lei geral) em contraste com o método idiográfico (visam o caso particular), método clínico (uso da entrevista, especialização no estudo aprofundado de um determinado indivíduo), método experimental (caracteriza-se pelo rigor da definição de hipóteses prévias e analisadas através do controlo de variáveis, com inferências causais de maior segurança), estudos “quase experimentais” (diferem do método experimental por não respeitarem todas as condições impostas), método correlacional (estudos descritivos que partem da observação de fenómenos, que não implicam nem ligações causais, nem variáveis), estudos descritivos causais (diferem do método correlacional por partirem de hipóteses causais pré-definidas, surgindo portanto ligações causais), método dos testes (os participantes submetem-se a provas padronizadas), estudos de campo (estudos observatórios em ambiente natural), método antropológico e transcultural (estudos de campo em culturas diferentes), método longitudinal (relacionam-se com os efeitos do tempo manifestados ao longo da idade) em contraste com o método transversal (relacionam-se com a observação de grandes grupos de indivíduos de diferentes idades), estudo de casos (investigação aprofundada do que se passa com um ou mais indivíduos concretos), narrações literárias (ajudam a compreender os fenómenos da adolescência), estudo de observação participante (além da observação, o investigador participa na acção), estudo de “investigação-acção” (difere do estudo de observação por partir duma linha de base ou ponto de partida). Dos métodos referidos, a Psicologia do Desenvolvimento centra-se maioritariamente no contraste dos métodos longitudinais com os métodos transversais.